Entretanto, ainda existem sérios desafios a fim de alcançar de forma efetiva nossos objetivos em conectar o espaço com a comunidade e alcanças estas inovações, tais como a eficácia das cadeias de valor de dados e informações geoespaciais, a capacidade dos agentes nacionais e subnacionais para entender, contribuir e utilizar as últimas tecnologias ou o acesso à Internet das comunidades locais e frequentemente isoladas.
Veja o vídeo SERVIR-Amazônia
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Juan Lucas Restrepo
Diretor General, Aliança de Biodiversidade Internacional e o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT)
“A través de SERVIR-Amazônia, reunimos o conhecimento local e o melhor da ciência do mundo sobre tecnologias de observação terrestre geoespacial, para melhorar a capacidade dos agentes locais e fomentar a gestão dos recursos naturais na região amazônica. Como a Aliança de Biodiversidade Internacional e o CIAT, que formam parte do OneCGIAR, temos a honra de liderar o Programa SERVIR-Amazônia com estreita colaboração com nossos sócios: o Grupo de Informática Espacial (SIG), a Conservação Amazônica (ACCA), o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA) e a Fundação EcoCiência”.
Panel 1: Do espaço à comunidade
O painel, moderado por Maria Elena Gutiérrez, Diretora da Conservação Amazônica – ACCA, Peru, explorou como as inovações nas Observações da Terra (sensores remotos e imagens satélites) estão melhorando no monitoramento florestal, a previsão de catástrofes e a proteção da biodiversidade da Amazônia.
Cientista Chefe Associado e Líder do Tema de Desastres, Oficina de Coordenação Científica do SERVIR, Centro Marshall de Voos Espaciais da NASA
Diretor Gerente, Grupo de Informática Espacial (SIG); Professor e Diretor do Laboratório de Análises Geoespaciais, Universidade de São Francisco
Especialista Regional no Meio Ambiente Amazônico, USAID / Região Sul americana
Presidente da Federação Nativa do Rio Mãe de Deus e Afluentes (FENAMAD)
Inovações na tecnologia geoespacial
Sustentabilidade dos serviços geoespaciais
Uso de tecnologia geoespacial por parte de comunidades amazônicas
Perspectiva dos povos indígenas
Gavin Schmidt
Assessor Climático Sênior da NASA e Diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA em Nova York
“A qualidade e amplitude dos dados que a NASA está fornecendo e as discussões sobre a mudança climática pode nos auxiliar a ver o que se sucede na Amazônia, onde pressões únicas ameaça o o meio ambiente de forma inigualável. No entanto, todos estes dados não são tão facilmente acessíveis como deveriam. Existem muitos fluxos de dados que muito frequentemente não estão integrados e não são compatíveis com medidas socioeconômicas chaves. Possibilitar que estes recursos estejam nas mãos das partes interessadas e dos tomadores de decisões locais deve ser de alta prioridade para a NASA e seus parceiros. E é nesse momento que entram em jogo iniciativas como SERVIR: as redes que estão conectadas com as comunidades locais e as alianças entre agencias podem ajudar a co-criar o tipo de produtos e serviços que ninguém de nós conseguiria fazer sozinho. Estou muito emocionado de ver a variedade de atividades organizadas pelo Hub SERVIR- Amazônia”.
Panel 2: Abordando juntos os desafios das mudanças climáticas
Este segundo painel foi moderado por Marina Piatto, Diretora Executiva da Imaflora do Brasil, onde se discutiu aspectos de tomada de decisões das tecnologias geoespaciais no contexto das mudanças climáticas.
Líder da Prática Global de Clima e Energia da WWF e ex-ministro do Meio Ambiente no Peru
Diretora, Área de investigação de Panorama Multifuncional, Aliança da Biodiversidade Internacional e CIAT
Assessor Sênior para Assuntos de Povos Indígenas, USAID
Oficial de Programa, Andes-Amazônia, Fundação Moore
Tecnologia geoespacial para melhorar as tomadas de decisões
Colocar em prática a evidência baseada na ciência
Reconhecimento dos direitos dos povos indígenas
Da informação geoespacial ao impacto
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Diretor de Missão de USAID / Peru
“A mudança climática é uma das mais altas prioridades da USAID. Existe agora grande urgência na adaptação e redução das mudanças climáticas. Ninguém está imune aos efeitos das mudanças climáticas, porém, os pobres, os desfavorecidos e os marginalizados são os mais vulneráveis. No USAID Peru, trabalhamos em equipe com comunidades locais, povos indígenas, mulheres e jovens para liderar e manter a ação climática.”
Na mesa redonda final, Louis Verchot pediu aos palestrantes para compartilharem seus pontos de vista sobre o monitoramento independente comparado com o patrocinado pelo estado. Os palestrantes concordaram que o monitoramento local é importante, pois complementa os esforços nacionais e fornecem dados mais granulares. Auxilia as comunidades a melhorarem a gestão dos esforços locais.
Também abordaram alguns pontos adicionais:
- O monitoramento patrocinado pelo estado, quando existe, estabelece uma linha base, mas está sujeita a influencias políticas e questões orçamentárias. O monitoramento independente é chave para a prestação de contas e para fornecer controles sobre estes temas.
- Há uma tensão entre prover múltiplos controles a um sistema e o risco de replicar esforços. Porém, essa tensão deve ser considerada positiva.
- Os esforços coletivos com dados e código de fonte aberta (por exemplo, MapBiomas) produzem dados de qualidade e os governos os estão utilizando em seus próprios trabalhos de monitoramento. No entanto, a comparabilidade e a interoperabilidade são problemas entre diferentes sistemas de monitoramento, o que limita sua utilidade.
- Para que o monitoramento independente e comunitário funcione é necessário desenvolver sua capacidade de forma contínua e apoiar sua implementação.