Novas oportunidades de empoderamento
A oferta acadêmica desenvolvida – webinars, curso online e oficina presencial – com base no acordo entre a SERVIR-Amazonia e a ASU, considera tópicos relacionados a gênero e inclui intercâmbio entre o pessoal da ASU e os estudantes, pesquisa colaborativa e treinamento.
Esta oferta é uma resposta a longo prazo à lacuna persistente em termos de emprego, remuneração e cargos que as mulheres na América do Sul têm em setores que utilizam tecnologias geoespaciais, procurando abordar questões cruciais como adaptação climática, mudanças nos ecossistemas, secas, incêndios e segurança alimentar, entre outros. Um contexto no qual mais de 60% dos cargos de liderança são ocupados por homens em escritórios governamentais, universidades ou centros acadêmicos nos países amazônicos.
Em seu primeiro ano, esta colaboração desenvolveu três webinars cobrindo tópicos-chave como liderança, através da experiência de mulheres que desempenham papéis de destaque em três das organizações mais importantes da região em ciência ambiental e tecnologia geoespacial, bem como o diálogo sobre as perspectivas das mulheres indígenas que enfrentam limitações para se tornarem líderes de suas organizações.
Além disso, mais de 60 mulheres profissionais fizeram um curso on-line, no qual adquiriram conhecimentos em Mapeamento Aberto, Aprendizagem de Máquinas e Inteligência Artificial (GeoAI); além de habilidades brandas em liderança, networking, mentoria e mentalidade empreendedora, entre outros tópicos. Vale ressaltar que participantes de países cobertos pelo SERVIR-Amazonia (Colômbia, Peru, Equador, Brasil, Suriname e Guiana) – que completaram um nível mínimo deste currículo on-line – serão elegíveis para solicitar bolsas de estudo para o curso presencial que está sendo organizado para 2022.
Próximos passos
Em maio de 2022, este curso terá início – se as condições pandêmicas o permitir – na Universidade Estadual do Arizona, instituição referência que compartilha com SERVIR-Amazonia a convicção de que romper com o ciclo da desigualdade e da pobreza começa não somente com o acesso à educação, mas também com o empoderamento através do direito à educação e às oportunidades de liderança ativa, visível e de longo prazo.