Durante workshop foram definidas 11 ideias de serviço prioritárias para melhorar tomada de decisões ambientais na região do Bioma e Bacia Amazônica

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Dando continuidade ao processo de engajamento com instituições nos países focais do programa, a equipe do SERVIR-Amazonia reuniu, nos dias 23 e 24 de outubro, representantes de 39 organizações em Brasília durante o Workshop “Consulta sobre necessidades dos usuários do Programa SERVIR-Amazonia”.

Durante o evento foram avaliadas as necessidades e oportunidades para o co-desenho, co-desenvolvimento e co-entrega de serviços de informação geoespacial com objetivo de melhorar a tomada de decisões ambientais nas regiões brasileiras abrangidas pela Bacia Amazônica.

Ao dar as boas-vindas aos participantes, o diretor do programa Carlos Gasco, o líder de Engajamento de Usuários, José Leandro Fernandes, representantes do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), e o líder de Ciência e Dados e representante do Spatial Informatics Group (SIG), Glenn Hyman, destacaram como um ponto positivo a diversidade do grupo brasileiro.  O evento contou com a presença de 60 representantes de organizações públicas, universidades e centros de pesquisa, sociedade civil e organizações não-governamentais.

O primeiro dia do workshop foi marcado pelo compartilhamento de percepções sobre o nível do uso de dados e aplicabilidade das informações geoespaciais no Brasil. Além disso, o grupo mapeou serviços existentes e atores chaves no processo de tomada de decisões, bem como identificou possibilidades de novas iniciativas e organizações líderes. Também tiveram a oportunidade de conhecer melhor o conceito de “SERVIÇO” que incluem ferramentas, dados e recursos de capacitação orientados ao usuário, com base em necessidades e desenvolvidos coletivamente em quatro áreas temáticas – riscos de secas e incêndios; tempo e clima; gestão de recursos hídricos e desastres hidroclimáticos e gestão de ecossistemas.

Durante as atividades, os participantes avaliaram que a articulação entre os atores, integração dos sistemas de dados e o nível de capacidade técnica das organizações usuárias dos serviços são fatores determinantes para a aplicabilidade dessas informações. Também discutiram se os marcos normativos existentes na legislação ambiental brasileira asseguram a sustentabilidade da Amazônia. A otimização da participação dos povos indígenas e a importância de incorporar a voz de mulheres dentro de organizações também foram temas colocados para reflexão.

Representantes do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais brasileiro (INPE) e da Administração Nacional de Aeronáutica dos Estados Unidos (NASA) apresentaram as tendências no uso de informações geoespaciais para melhorar o processo decisório.

No segundo dia, as atividades do workshop incluíram a construção coletiva de um mosaico com as necessidades identificadas pelo grupo. Os participantes também detectaram oportunidades por áreas de serviço e identificaram quais seriam os influenciadores diretos, fornecedores das informações e usuários do serviço, considerados atores chaves no processo.

A partir desse diagnóstico, os participantes definiram 11 ideias de serviços consideradas prioritárias de acordo com as quatro áreas temáticas do programa:

Próximos passos

Ao longo das próximas duas ou três semanas, a equipe do SERVIR-Amazonia produzirá um relatório que condensará o roadmap realizado durante o workshop e os resultados obtidos. O documento será enviado para todos os participantes e estará aberto para colaborações dos envolvidos.

De acordo com José Leandro Fernandes do CIAT, a expectativa é que entre o final do ano e início de 2020, sejam realizadas reuniões complementares com representantes de instituições e organizações que possuem mandato institucional ou constitucional para a tomada de decisões ambientais no país.

Capacitação

Além dos dois dias de workshop, um grupo formado por 27 técnicos que trabalham com análise de dados de geoprocessamento nas instituições participantes recebeu capacitação sobre SAR (Radar de Abertura Sintética) e Google Earth Engine. O treinamento foi realizado pela representante da Nasa, Africa Flores, com apoio dos técnicos do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), responsável pelo hub brasileiro do programa SERVIR-Amazonia.

Os participantes tiveram uma breve aula teórica sobre os principais conceitos utilizados na captação de dados por meio do SAR e conheceram como é realizado o fluxo de trabalho para a geocodificação. Além disso, por meio de exercícios práticos, aprenderam a melhor forma de extrair dados com o uso da plataforma Google Earth Engine.

A representante do SIG dos Estados Unidos, Karis Tenneson, também apresentou o funcionamento do sistema de monitoramento modular de cobertura do solo desenvolvido em parceria com diversas organizações pelo mundo.

 

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