O SERVIR-Amazônia iniciou o segundo trimestre de 2022 visitando cinco países do Caribe, ampliando assim o impacto geográfico de seu Programa. O objetivo desta atividade, financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), é treinar e buscar o compromisso técnico com governos, universidades, instituições de pesquisa e ONGs para avançar na tomada de decisões ambientais baseadas em tecnologia, informações e dados geoespaciais.

Uma delegação do Programa visitou Barbados (28 a 30 de março de 2022), Suriname (29 de março a 1º de abril de 2022), Trinidad e Tobago (11 a 13 de abril de 2022) e Bahamas (9 a 11 de maio de 2022), entrando em contato com mais de 30 entidades. “Nosso objetivo tem sido promover a colaboração e interação interinstitucional entre as partes interessadas e fortalecer as capacidades necessárias para desenvolver aplicações geoespaciais sustentáveis”, explicou Carlos Gasco, Diretor do Programa SERVIR-Amazônia.

Cada visita proporcionou a oportunidade de apresentar o Programa e sua abordagem única para gerar serviços geoespaciais de forma colaborativa, bem como entender as prioridades e necessidades institucionais que cada entidade tem em relação ao uso de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Satélites de Observação da Terra. (EOS). Durante essas visitas, também identificaram organizações locais como colaboradoras e coordenadoras de futuras atividades do Programa no Caribe.

“Foi muito empolgante receber tanto interesse e uma reação tão positiva das diferentes organizações que visitamos e com as quais planejamos realizar oficinas de avaliação de necessidades mais aprofundadas. Espera-se que esses eventos atraiam mais atores em cada país e aprofundem mais detalhes sobre uma agenda de treinamento que queremos projetar e lançar.” destaca Paula Paz, Coordenadora de Engajamento para o Caribe.

Reunião com a Universidade de Trinidad e Tobago.

Reunião com a Autoridade de Gestão Ambiental em Trinidad e Tobago.

“Nossa atividade abordará dois temas: Manguezais (monitoramento de mudanças na cobertura da terra e mudanças no uso da terra); e monitoramento de cheias integrando dados climáticos e hidrológicos. Em ambas as questões, nosso objetivo é fortalecer a resiliência a desastres naturais por parte das comunidades locais, incluindo a participação de comunidades indígenas e quilombolas”, disse José Leandro Fernandes, Líder de Participação de Usuários do Programa SERVIR-Amazônia. Fernandes destacou ainda que algumas instituições já possuem fortes capacidades e podem receber treinamentos mais especializados (programação e codificação Python), enquanto outras estão apenas começando a usar aplicativos SIG em suas atividades diárias. Portanto, fica claro que é necessário capacitar os formadores para dar sustentabilidade à cogeração e adoção de serviços geoespaciais.

Após esse primeiro contato, o Programa SERVIR-Amazônia já está em condições de identificar soluções para as instituições usuárias de cada país.

Além disso, um levantamento de usos, capacidades e necessidades relacionadas às tecnologias geoespaciais foi preparado e enviado aos países visitados durante esta viagem. Os resultados ajudarão a construir a estratégia de desenvolvimento de capacidades e o plano de trabalho do Programa que deverá ser implementado no Caribe nos próximos meses.