O cenário de constante evolução de software, metodologias e fluxos de trabalho geoespaciais colocaram a área socioambiental diante de um horizonte de novas possibilidades em termos de análises multitemporais em paisagens cada vez maiores. No entanto, também trouxe muitas complexidades para lidar com a enorme quantidade de dados geoespaciais, especialmente quando se leva em consideração respostas rápidas às questões ambientais, como a identificação de focos de incêndio em áreas protegidas.
Queima em área desmatada para formação de pastagem na Terra Indígena Trincheira Bacajá, no Estado do Pará – Brasil, julho de 2020. (Crédito: Lalo de Almeida / Folhapress)
Com o intutio de preencher lacunas na organização, gerenciamento, processamento e exibição de dados espaciais e, ainda, tornar mais fácil transformá-los em informações valiosas para a tomada de decisão sobre desmatamento, incêndios florestais, extração ilegal de madeira e outras ameaças socioambientais, o SERVIR-Amazonia sediou um treinamento virtual sobre o uso do banco de dados PostgreSQL / PostGIS.
Tomás Carvalho e Felipe Cerignoni, Analistas Geoespaciais do Imaflora, lideraram 26 participantes no uso do banco de dados PostgreSQL / PostGIS, incluindo sua integração com o software QGIS, para apresentar os serviços Amazon Dashboard e Origens. Assim, os participantes puderam elaborar e aplicar rotinas de análise espacial e não espacial com base no conjunto de dados desses dois serviços e em outros conjuntos de dados ambientais relevantes. Além disso, diversas técnicas de otimização do processamento de dados foram apresentadas, as quais foram recebidas positivamente pelos participantes.
Participantes de diversas instituições aderiram ao treinamento, incluindo Imaflora, Secretaria de Meio Ambiente do Acre, Sedam-Rondônia, Secretaria de Meio Ambiente do Pará, Femarh-Roraima, Sema-Mato Grosso, Secretaria de Meio Ambiente do Amapá, Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, Instituto do Homem do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), MapBiomas, Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto Mamirauá, Associação Floresta Protegida (AFP), Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), Universidade Federal do Acre (UFAC), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Goiás (Lapig-UFG), and Chalmers University of Technology (Sweden).
O principal resultado deste treinamento é que os participantes compreenderam como superar os principais gargalos na utilização deste software em suas rotinas de análise e monitoramento espacial, bem como, aumentaram as capacidade de automatizar e agilizar o tempo de processamento de dados espaciais. Um participante disse que a tecnologia aprendida “aumentará o potencial de estruturar os dados de trabalhos atuais de monitoramento, especificamente com o monitoramento da comunidade, que contribui com a coleta de dados”.
Autor deste blog
Tomás Carvalho
Analista de Geoprocessamento (Imaflora)